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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Em Jerusalém, Romney apoia direito de defesa de Israel contra Irã


Na segunda etapa de um giro internacional, candidato republicano também sugere que Jerusalém, cuja parte oriental é reivindicada pelos palestinos, é capital de Israel

O candidato presidencial republicano, Mitt Romney, falou agressivamente neste domingo sobre proteger Israel das ameaças nucleares do Irã e sugeriu estar aberto a quebrar a política americana em vigor desde 1967 defendendo a transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém se Israel assim pedir.

Israel é a segunda de três paradas de uma viagem internacional para fortalecer as credenciais de política externa de Romney antes de ele ser oficializado como candidato na convenção nacional do Partido Republicano em Tampa, Flórida, no final de agosto.

O discurso de Romney, feito a 8 mil km do território americano, foi claramente preparado não apenas para os israelenses mas, de forma mais importante, para os eleitores evangélicos domésticos e para enfraquecer o apoio de Barack Obama entre os judeus americanos. Uma pesquisa Gallup feita com eleitores judeus e divulgada na sexta-feira mostrava o presidente americano com uma vantagem de 68% a 25% em relação a Romney.

Apesar de Romney ter sido muito crítico em relação à política de Obama sobre o Irã e sobre a presumida ameaça a Israel, ele não especificou como sua política seria substancialmente diferente.

Mas sobre a questão do local da embaixada dos EUA em Israel, que é em Tel Aviv, Romney disse à rede de TV CNN pensar que a representação diplomática deveria ser transferida de Tel Aviv para Jerusalém se os israelenses, que repetidamente buscaram tal medida, pedissem.

"Pelo meu entendimento, nossa nação tem tido o desejo de mover nossa embaixada por fim para a capital (Jerusalém)", disse, acrescentando: "Só faria isso e escolheria o momento de acordo com o governo de Israel."
A questão tem sido uma grande dor de cabeça diplomática para os EUA, que se recusaram a fazer essa transferência porque ela insinuaria uma aprovação à incorporação da árabe Jerusalém Oriental depois que Israel a capturou na Guerra dos Seis Dias, em 1967.

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Os EUA, apesar de sua relação próxima com Israel, rejeitou localizar sua embaixada em Jerusalém para poder se posicionar como uma voz confiável para os dois lados em seus esforços de negociar um acordo de paz israelo-palestino. Apesar de terem perdido o controle de sua porção da cidade antiga, os palestinos rejeitaram abrir mão de sua reivindicação de que ela se torne a capital de qualquer eventual Estado em troca da paz com Israel.

Jerusalém abriga locais religiosos profundamente importantes não só para o judaísmo, mas também para o Islã e o cristianismo.

Romney abertamente qualificou Jerusalém de capital de Israel nas primeiras palavras de seu discurso deste domingo, pronunciado perante os fotogênicos muros da cidade antiga de Jerusalém. E ele direcionou duras palavras contra o Irã por mais uma vez, dizendo respeitar o direito de Israel de se defender contra o que Estado judeu considera uma ameaça existencial.

"Não se enganem, os aiatolás no Irã testam nossas defesas morais. Eles querem saber quem se objetará e quem fingirá que não está vendo", disse. "Não fingiremos que não vemos e nunca esqueceremos nossa paixão e compromisso com Israel." Ele falou depois de seu assessor sênior de segurança nacional, Dan Senor, declarar que Romney "respeitaria" uma decisão de Israel de lançar um ataque unilateral contra as instalações nucleares do Irã.
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Os EUA, muitos de seus aliados europeus e Israel dizem que o Irã tenta construir uma arma nuclear. O Irã, por sua vez, afirma que seu enriquecimento de urânio faz parte de um programa nuclear doméstico pacífico para produção de energia e de pesquisa médica. Até agora, todas as tentativas para negociar um fim para o enriquecimento de urânio fracassaram.

As declarações de Romney contrastam com os esforços de Obama de pressionar Israel a evitar qualquer ataque preventivo antes que duras sanções econômicas ocidentais contra o Irã tenham efeito. Obama disse que os EUA mantém as operações militares como uma opção contra o Irã, mas insiste que agora não é o momento de um ataque dos EUA ou Israel.

O apoio de Romney a Israel estava à vista neste domingo enquanto ele se reunia com líderes israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e visitava o Muro das Lamentações em Jerusalém, um dos locais mais sagrados do judaísmo.

Romney chegou a Jerusalém depois de alguns dias difíceis no Reino Unido, onde cometeu o erro de criticar os preparativos do país sede das Olimpíadas. De Jerusalém, Romney viaja à Polônia, onde visitará o local dos primeiros disparos da Segunda Guerra (1939-1945) e prestará tributo ao movimento anticomunista do país.

*Com AP e Reuters

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